Tuesday, March 16, 2010

Considerações a respeito das declarações de Lula à Associated Press



Por Victor Emanuel Vilela Barbuy


Há poucos dias, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo a tirania dos irmãos Castro em Cuba, declarou, em entrevista à Associated Press, que “temos que respeitar a determinação da Justiça [sic] e do governo cubanos de deter as pessoas em função da lei de Cuba” e comparou os presos políticos do arquipélago caribenho aos criminosos presos nas penitenciárias de São Paulo. Curiosamente, quando a Justiça hondurenha, cumprindo a Constituição daquele país, decidiu pela deposição do candidato a ditador Manuel Zelaya, que violara a referida Constituição, Lula e seu (des)Governo a condenaram, afirmando que sua decisão se constituía em um “golpe”. Do mesmo modo, diversos membros proeminentes do (des)Governo Lula, incluindo o Ministro da Justiça, o “ex”-terrorista Tarso Genro, contestam a decisão da Justiça italiana que condenou o criminoso Cesare Battisti, outro “ex”-terrorista, chegando mesmo a contestar a condição democrática da Itália.
Com a supracitada declaração, Lula, que não representa, de modo algum, o Povo Brasileiro e a Nação Brasileira, demonstrou, uma vez mais, seu comprometimento com a tirania castrista, a mais longa e brutal das Américas, que, segundo Frei Betto, ex(?)-guru de Lula, seria um exemplo de democracia para todo Mundo e um verdadeiro paraíso terreno.
Lula, que já praticou greve de fome e fez apologia desta prática mais de uma vez, inclusive quando os sequestradores do empresário Abílio Diniz a fizeram, em 1989, declarou, na referida entrevista, que tal prática é uma “insanidade”. Somos forçados a concordar com ele, sublinhando que ela é contrária à Lei Natural, mas isto não implica em aceitar as prisões políticas realizadas pela tirania castrista de Cuba e nem tampouco as iníquas leis daquele país, onde, pela denominada lei de “periculosidade”, as autoridades podem prender pessoas que não praticaram nenhum fato considerado criminoso pela “Justiça” cubana sob a justificativa de que poderão cometê-lo no futuro.
Foi sob a tese de “periculosidade”, por exemplo, que o poeta cubano Armando Valladares foi preso, passou vinte e dois anos preso nas prisões componentes do nefando Arquipélago Gulag das Américas. “É verdade que não temos prova alguma, concreta, contra você, mas temos a convicção de que é um inimigo em potencial da revolução. Para nós, é o suficiente”, disse a Valladares o homem que realizou o segundo interrogatório depois de sua prisão [1].
Encerramos o presente artigo ressaltando uma vez mais, a nossa defesa da Pessoa Humana e de seus Direitos Fundamentais, bem como a condenação de todas as tiranias e de todos aqueles que as apoiam e, sobretudo, a nossa esperança de que a nação cubana, nossa irmã, um dia seja regida por um Governo verdadeiramente patriótico, nacionalista e democrático.

[1] VALLADARES, Armando. Contra toda a esperança (Edição Condensada). São Paulo: Editora InterMundo Ltda., 1986, p. 11.

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